Os concelhos de Arruda e Sobral não estão devidamente abrangidos pelo sinal terrestre do novo sistema de televisão TDT, o que poderá obrigar os respectivos habitantes, para além da necessidade de comprarem descodificadores para continuarem a ver os quatro canais abertos, a terem também que comprar e pagar a instalação de uma antena parabólica. Significa isto que os gastos poderão atingir, no mínimo, os 116 euros. Os autarcas locais não se conformam e vão exigir, na próxima semana, o adiamento do corte das emissões no antigo sistema analógico previsto para 12 de Janeiro e medidas que garantam a cobertura destes concelhos com sinal terrestre de TDT.
Os autarcas locais vão apresentar a exigência à Anacom e à PT, porque perceberam, nas últimas semanas, que os seus territórios vão ficar numa chamada zona “cinzenta” sem cobertura que permita ver os quatro canais abertos de televisão em boas condições apenas com o auxílio de um descodificador. Segundo a Anacom, o contrato de concessão da rede de TDT à Portugal Telecom (PT) já previa uma cobertura só de cerca de 85% do território nacional e os equipamentos instalados pela PT até deverão permitir ultrapassar ligeiramente essa percentagem. Mas Arruda e Sobral poderão ser dois dos municípios já afectados a partir de 12 de Janeiro com o corte do antigo sinal analógico em toda a faixa litoral do país, sem que o simples descodificador garanta às respectivas populações uma boa captação destes canais. Nesse caso, explica uma porta-voz da Anacom, as pessoas poderão ter que adquirir também uma antena parabólica e pagar a respectiva instalação para terem acesso à TDT por satélite. Mas, garante, foi assumido pela PT que o fornecimento do kit para a TDT por satélite não ultrapassará os 55 euros (33 para famílias comprovadamente carenciadas), acrescidos de um valor máximo de 61 euros para a antena, para os cabos e para o trabalho de instalação, o que totalizará 116 euros.
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