sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Alverca pode ficar sem campo pelado e sem centro de estágio


O projecto do Centro de Formação e Estágios (CFE) do Futebol Clube de Alverca, lançado já há quase 10 anos, tem passado por variadíssimas vicissitudes. Agora, quando tudo parecia apontar para um desenvolvimento da obra, surge um novo, e grande, contratempo que, na pior das hipóteses, até pode levar a que o clube fique sem o espaço do seu antigo campo pelado e sem o CFE construído. Tudo porque a empresa que estava a fazer a obra, a Construsan, entrou recentemente num processo de insolvência, que ninguém sabe como é que vai acabar. Por tudo isso, a direcção do FCA promoveu uma sessão de esclarecimento aos sócios, onde ressaltou a surpresa de muitos dos associados pelos termos dos contratos assinados por anteriores dirigentes e a perspectiva de que só depois da primeira assembleia de credores da Construsan (prevista para Janeiro) se poderá ter mais dados sobre a situação.
Certo é que Fernando Orge, presidente do clube, começou por explicar que os últimos desenvolvimentos deixaram a nova direcção muito preocupada, até porque tinha o objectivo de concluir a primeira fase do CFE no início de 2012. Primeiro percebeu que uma garantia bancária de mais de 2 milhões de euros feita em 2007 não foi renovada como devia em 2009 e extinguiu-se. Depois, apurou que a escritura assinada em Abril de 2007 transfere o espaço do antigo pelado para a Turiprojecto, sem fazer depender essa situação da conclusão das obras do centro de formação.
 “Temos que esperar que, no âmbito do processo de insolvência, a Construsan entre em dissolução completa ou em recuperação financeira. Se entrar em recuperação, vamos ter que saber se esta obra é prioritária. Se for a insolvência total temos que partir para cima da Turiprojecto”, sustentou Fernando Orge, perante uma sala quase cheia com cerca de 60 associados.       
 “A realidade, nesta altura, é que, se não houver cumprimento por parte da Turiprojecto e da Construsan, o Alverca tem zero do terreno do pelado e praticamente zero da obra do centro de formação e zero do dinheiro da garantia bancária”, admitiu o presidente, sublinhando que pode acontecer que o BES venha a tomar posse, no futuro, do espaço do pelado, sem nenhuma obrigação de construir o centro de formação.


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