Devido à crise generalizada e à contenção existente, a direcção da Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA) entendeu que “não estavam reunidas condições financeiras” para organizar, este ano, os habituais desfiles de Carnaval. A colectividade alhandrense mantém, todavia, os tradicionais bailes.
Ana Paula Barão, presidente da SEA, disse, ao Voz Ribatejana, que “a decisão de não realizar o desfile de Carnaval, este ano, em Alhandra, não foi uma decisão fácil e foram ponderados todos os impactos de uma e outra decisão. A direcção da Sociedade Euterpe Alhandrense, face à crise nacional que exige um regime de contenção generalizada a todos os organismos e às famílias, considerou não estarem reunidas as condições financeiras para avançar com o Carnaval nos moldes dos anos anteriores”, referiu.
Segundo aquela responsável, o orçamento da Euterpe para 2011 sofreu, a todos os níveis, com os cortes impostos aos organismos públicos e com o aumento do IVA. “A direcção da Sociedade, ainda que considerasse ter condições para assumir o diferencial dos financiamentos regulares para o Carnaval, considerou que os tempos de incerteza que se avizinham não contribuíam para uma perspectiva muito optimista quanto ao retorno desse investimento”. Tendo em conta a aproximação das comemorações do 150º aniversário da SEA, em 2012, que “exigem uma planificação de actividades (incluindo o desfile de Carnaval), em fase de conclusão, e uma planificação orçamental que não comprometa a dimensão, a expectativa e a dignidade que 150 anos de actividade exigem”, os responsáveis da Euterpe optaram por não fazer desfiles de Carnaval este ano, considerando ainda que “os grupos de corso, apesar do apoio financeiro que lhes é dado, têm que assumir muitas despesas com as opções que fazem e contribuem para a qualidade das suas apresentações, o que, no contexto económico das famílias actualmente, traria dificuldades acrescidas para ser garantido”.
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