As corporações de bombeiros do distrito de Lisboa admitem acabar com os acordos de transporte de doentes não urgentes firmados com o Ministério da Saúde se a tutela não aceitar rever as condições previstas para as corporações das zonas urbanas. Em assembleia-geral da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa (FBDL) realizada na noite de quinta-feira, as associações decidiram recusar o acordo negociado entre a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e o Governo e reclamar um novo entendimento com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) que contemple as situações próprias de zonas densamente povoadas.
Os representantes dos bombeiros dizem que o actual sistema de valoração “torna deficitário o serviço de transporte de doentes não urgentes nas áreas urbanas” e que as associações estão, por isso, numa situação financeira “limite” em que “em nome da boa gestão e do bom senso, não lhes resta outra posição do que salvaguardar a solvência das instituições”.
Por isso decidiram criar um grupo de trabalho com um representante dos bombeiros por cada um dos 16 municípios da região, encetar contactos com a ARSLVT, solicitar à Liga de Bombeiros que não assine o novo acordo que negociou com o Governo e agendar para 15 de Maio uma reunião alargada de associações e corpos de bombeiros para analisar a evolução do problema e tomar novas decisões.
“Se não obtivermos um acordo ou não ocorrer nenhuma alteração à actual situação, é com profundo pesar que procederemos a uma deliberação definitiva sobre a prestação deste serviço para o Ministério da Saúde”, acrescenta a resolução aprovada pelas corporações do distrito.Saiba mais na edição de 25 de Abril do Voz Ribatejana
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