O novo executivo da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira entende que não há condições para concretizar o centro gastronómico que a anterior equipa da autarquia planeou para um edifício degradado de Povos. O caso voltou a dar acesa polémica na última sessão da Assembleia de Freguesia e a nova presidente da Junta, Ana Câncio, anunciou que a intenção da autarquia é, agora, tentar concluir as obras de reabilitação do edifício e transferir para ali a sua delegação de Povos, o que permitiria poupar a renda actualmente paga pelas instalações do balcão local da Junta.
Depois de cerca de 100 mil euros já gastos (ou comprometidos) num projecto anunciado em 2008 durante uma visita do executivo municipal à freguesia, o centro gastronómico deveria trabalhar na formação de pessoal especializado para a restauração e refeitórios de instituições e empresas da região e também no fornecimento de refeições ali confeccionadas. O investimento previsto rondava os 200 mil euros, mas a candidatura a fundos comunitários nunca foi aprovada, complicando, e muito, o desenvolvimento do projecto. Entretanto foram feitas obras num valor de cerca de 44 mil euros (a reabilitação e adaptação do imóvel ainda estão longe do fim) e a Junta adquiriu, em leasing, equipamentos para a cozinha e computadores para as salas de formação, num total de cerca de 50 mil euros. A ideia seria instalar ali duas salas de formação com capacidade para 40 formandos, uma cozinha e uma zona de serviço de mesa.
"Falhou talvez o facto de se ter dado, naquela altura, talvez um passo um pouco maior que a perna e não estariam completamente acauteladas todas as parcerias que seriam necessárias para que o centro gastronómico tivesse hipóteses de funcionamento”, sustentou Ana Câncio.
“Não podemos deixar passar em claro esta situação”, reagiu Carlos Romano, eleito da CDU, frisando que a sua bancada sempre questionou este processo. “Não há centro gastronómico, o edifício está hoje pior do que estava há 5 anos, não há nada, mas já voaram praticamente 100 mil euros para aquele centro gastronómico e não se vê luz ao fundo do túnel”, lamentou.
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