Um congresso internacional, exposições itinerantes, um filme e a distribuição de dezenas de milhares de textos em escolas de todo o País, são algumas das principais actividades previstas nas comemorações do centenário do nascimento do escritor Alves Redol apresentadas, esta manhã, em Vila Franca de Xira. Lideradas pelo Município vila-franquense numa parceria que envolve várias entidades, desde a escola e a cooperativa Alves Redol ao Museu do Neo-realismo, passando pela Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa e pela RTP, estas comemorações arrancam com acções nas escolas locais e um ciclo de formação sobre a obra redoliana.
Nascido em Vila Franca de Xira em Dezembro de 1911, António Alves Redol destacou-se por uma actividade literária, cultural (dinamizou inúmeras iniciativas e cursos de alfabetização) e política intensas, publicando em 1939 o primeiro romance neo-realista português intitulado “Gaibéus”.
António Mota Redol, o seu único filho, é presidente da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo (espaço museológico que funciona em instalações de raiz inauguradas há 3 anos no centro de Vila Franca). Hoje, na apresentação das comemorações, salientou o empenho de municípios como Vila Franca de Xira e Santiago do Cacém (assinalam-se também este ano os 100 anos de nascimento de Manuel da Fonseca) na divulgação dos escritores portugueses, mas lamentou que o Estado central não faça o mesmo.
“É bom que comemoremos os nosso escritores, que têm sido tão esquecidos. A democracia tem sido um pouco madrasta para eles, mesmo para aqueles que se bateram por ela”, sustentou.
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