quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Externato de Arruda apela ao diálogo e alunos pedem demissão da ministra

Cerca de 500 pessoas, entre pais, alunos e funcionários, concentraram-se, esta manhã, frente ao Externato João Alberto Faria (EJAF) de Arruda dos Vinhos, que, por decisão dos pais, esteve hoje encerrado. Junto aos dois portões, fechados com cordas e com um enorme cadeado que simbolizavam o risco de encerramento da escola no final deste ano lectivo, multiplicaram-se as criticas ao Ministério da Educação e à falta de sensibilidade para casos específicos como o do concelho de Arruda, em que o EJAF é a única escola que lecciona os 2º. e 3º. ciclos e o secundário.
Nuno Faria, director da escola e administrador da empresa proprietária, apelou à ministra da Educação para que se sente à mesa das negociações com os representantes destes colégios privados e se chegue a uma solução de “bom senso”, que evite a instabilidade que afecta os 93 estabelecimentos com contrato de associação. Enquanto os dirigentes da escola e da associação de pais prestavam declarações à comunicação social, grupos de alunos gritavam palavras de ordem mais duras. “O EJAF continua, a ministra para a rua”, foi uma delas.
Nuno Faria disse que os colégios estão a assinar os novos acordos propostos pelo Ministério (reduzem as verbas mensais por turma de 114 mil para 90 mil euros) sob “protesto” e numa “lógica de sobrevivência”, porque têm que pagar no fim do mês aos funcionários. No caso do EJAF, explicou, este corte já obrigou a reduzir em 20% os salários de todos os funcionários, incluindo a direcção da escola.

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