A Câmara de Vila Franca de Xira garante que não há qualquer problema de estabilidade na Escola Básica 01 (EB 01) da Castanheira e que são infundados os alertas lançados por uma petição posta a circular recentemente na freguesia, que aponta os “milhares” de pedras soltas acumuladas nas margens e no leito da ribeira que passa nas traseiras da escola. O documento alerta para eventuais riscos de derrocada de toda a encosta sobranceira, que foi revolvida no âmbito dos aterros de uma urbanização que nunca avançou e já tem 79 subscritores.
A edilidade afiança, agora, que tem relatórios técnicos que atestam a estabilidade da escola frequentada por cerca de 300 alunos e que não há qualquer relação entre os abatimentos e fissuras detectados no estabelecimento e as condições da ribeira e da encosta das traseiras.
Também o presidente da Junta da Castanheira do Ribatejo se mostra preocupado e pediu, esta semana, à Câmara que intervenha na limpeza da linha de água e estude a possibilidade de construir uma muralha de protecção da escola. Jaime Pereira, morador e dirigente local do PS que lançou a petição, reafirma ao Voz Ribatejana que a actual situação “é um perigo eminente se vier uma enxurrada ou tromba de água”, alertando para a obstrução da linha de água. “Quando acontecer uma tragédia é que vão dar razão a quem fez barulho”, acrescenta Pedro Oliveira, um dos subscritores da petição.
Alberto Mesquita, vice-presidente da Câmara de Vila Franca, assegura, por seu turno, que as questões da escola e da ribeira vizinha são completamente distintas. Segundo o edil, um relatório feito pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico das Ciências da Construção da Universidade de Coimbra afiança que a escola não tem nenhum problema estrutural e que as fissuras e abatimentos registados sobretudo na zona de recreio se devem apenas ao facto de ter sido construída numa zona de aterro que não terá sido devidamente consolidada.
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