A câmara de Arruda dos Vinhos está disposta a intervir directamente na gestão da saúde familiar no concelho, como solução para a falta de médicos de família que afecta cerca de 85% dos 12 mil habitantes do concelho. A ideia será articular esforços com outras entidades locais como a Misericórdia arrudense, já com experiência neste domínio, e responder à actual falta de médicos com a contratação de clínicos aposentados.
A Assembleia Municipal aprovou uma moção nesse sentido, propondo ao Governo e ao Presidente da República que Arruda possa vir a constituir-se como um município piloto na gestão de uma Unidade de Saúde Familiar. Mas, para isso, é preciso que o Ministério da Saúde regulamente as Unidades de Saúde Familiar de Modelo C, previstas em despachos ministeriais de 2007, mas que nunca foram reguladas. Este tipo de USF pode envolver os sectores social, cooperativo e privado e também autarquias. Actualmente cerca de 10 300 utentes inscritos no centro de saúde local não têm médico de família atribuído.
O centro de saúde dispõe de apenas um médico no quadro, sendo os cuidados de saúde complementados por médicos sem a especialidade em medicina familiar e contratados por via de empresas prestadoras de serviços de saúde, que asseguram cerca de cem horas semanais de consultas. O presidente da Câmara Carlos Lourenço adiantou que, caso venha a ser publicada a nova legislação, a autarquia pode vir a criar condições no concelho para vir a contratar médicos de família aposentados.
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