O secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território assinou, hoje, um despacho desfavorável à declaração de impacte ambiental (DIA) do projecto da cimenteira Cimpor para a instalação de uma pedreira de calcários na encosta de Arcena, freguesia de Alverca. Na decisão do governante, Pedro Afonso de Paulo, pesaram os pareceres negativos de diversas organizações ambientalistas e da Agência Portuguesa para o Ambiente, mas sobretudo a informação de que a Câmara de Vila Franca de Xira decidira, na quarta-feira, manter a recusa de uma declaração de interesse público municipal para o projecto.
Pedro Afonso de Paulo considera que não estão cumpridos todos os requisitos e condicionalismos legais impostos pelo regime de Reserva Ecológica Nacional (exigiam uma declaração de interesse público municipal), o que inviabiliza, pelo menos para já, o avanço do processo de licenciamento desta pedreira com cerca de 60 hectares, que deveria alimentar a fábrica de cimentos de Alhandra. A decisão do governante põe um ponto final no processo de avaliação de impacte ambiental iniciado no fim de 2010, que já tinha sido prorrogado a pedido da Cimpor. A empresa juntou novos elementos ao processo, que não foram suficientes para convencer a Câmara de Vila Franca e, agora, o Governo.
O Movimento “O Estado d’Arcena”, constituído por moradores que poderiam, nalguns casos, ficar com as suas habitações a menos de 80 metros da pedreira, chegou a recolher 3600 assinaturas contra o projecto. Agora manifesta a sua enorme satisfação pela decisão do Governo e pela “sensibilidade e a verticalidade demonstradas” pelos eleitos da Câmara “na defesa dos interesses da população de Arcena e das povoações vizinhas”.
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