sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Adiamento das grandes obras públicas leva ao fecho da Martifer de Benavente
O adiamento de grandes obras públicas como a nova ponte Lisboa-Barreiro e o aeroporto internacional previsto para os terrenos do Campo de Tiro (Samora/Alcochete) levaram o grupo Martifer a decidir encerrar, já a partir de Agosto, a fábrica de estruturas metálicas que possui em Benavente. O anúncio da administração da empresa colheu de surpresa os cerca de 120 trabalhadores da unidade de Benavente, que reuniram esta semana em plenário para decidirem algumas formas de protesto.
O presidente da Martifer, Carlos Martins, reuniu, na sexta-feira, com o presidente da Câmara de Benavente, a quem explicou que os prejuízos acumulados em 2011 ultrapassaram os 31 milhões de euros, obrigando a adoptar um plano de reestruturação. “Ele (Carlos Martins) acha que só tem condições de poder voltar a laborar se o mercado melhorar e não perspectiva que isso possa acontecer antes de 3 anos”, disse o edil, António José Ganhão, ao Voz Ribatejana, frisando que a suspensão de grandes obras públicas previstas para esta zona envolvente de Lisboa levou a que a Martifer de Benavente passasse a fabricar estruturas metálicas para estádios do Mundial de Futebol Brasil 2014, mas que, devido aos custos alfandegários e de transportes, concluiu que teria que investir na construção de uma fábrica semelhante no Brasil.
Certo é que a Martifer informou os trabalhadores de Benavente que está disponível para tentar integrar estes 120 trabalhadores na sua fábrica-sede em Oliveira de Frades (Viseu) ou numa das unidades que já possui na Polónia, Roménia, Angola ou Brasil. E garante que assegurará transporte (ida e volta uma vez por semana), alimentação e alojamento para os funcionários de Benavente que queiram integrar-se em Oliveira de Frades.
Saiba mais nas edições de 1 e 15 de Fevereiro do Voz Ribatejana
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