segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Intoxicação alimentar de Alenquer afectou mais de 100 crianças



Mais de 100 crianças, entre os 3 e os 9 anos, que frequentam os jardins-de-infância e escolas do 1º. ciclo da rede pública no concelho de Alenquer, foram afectadas com alguma gravidade pela intoxicação alimentar verificada na sexta-feira, na sequência dos almoços servidos nos estabelecimentos de ensino. A constatação é do próprio presidente da Câmara de Alenquer, que sabe que 81 daquelas crianças foram assistidas em serviços públicos de saúde, mas que mais algumas dezenas foram conduzidas pelos pais a unidades privadas.
Cerca de 30 pais e encarregados de educação estiveram, esta manhã, na sessão camarária alenquerense exigindo explicações e medidas da autarquia. Um grupo de uma dezena de pais do Centro Escolar do Carregado insistiu mesmo na “suspensão” do contrato com a firma que, desde o passado dia 12, fornece cerca de 1750 almoços diários nas escolas do concelho. O presidente da autarquia, o socialista Jorge Riso, admitiu que, com uma situação desta gravidade, houve uma “quebra da confiança” que a Câmara depositava nesta empresa, mas vincou que, só depois de serem conhecidos os resultados das análises à comida e as razões da sua deterioração é que a edilidade poderá tomar outras decisões.
O contrato com o anterior fornecedor expirou no Verão e a autarquia lançou um novo concurso, em que a empresa vencedora apresentou um preço 86 cêntimos inferior ao praticado no ano lectivo 2011/2012. E esta foi uma das questões mais vincadas pelos pais, temendo que esta redução de preço corresponda a refeições de pior qualidade.
“Acredito que a Câmara tenha que poupar custos, mas as crianças não podem ser prejudicadas, nem na quantidade, nem qualidade da comida”, frisou uma das mães presentes. “Não tem nada a ver com os custos. Um dos critérios do concurso era o preço, mas a qualidade nunca foi posta em segundo plano”, reagiu Jorge Riso, salientando que esta é uma das acusações que mais lhe custa ouvir e que sabe que na região Oeste há câmaras que pagam bastante menos por almoço e não tiveram qualquer problema deste género.

Saiba mais na edição de 5 de Dezembro do Voz Ribatejana 

Sem comentários: