sábado, 28 de maio de 2011

Ministro quer mais apoios europeus ao sector da cortiça



O Governo português tem procurado sensibilizar a Comissão Europeia para a necessidade de “dar mais força” ao sector da cortiça na próxima revisão da Política Agrícola Comum (PAC), segundo garantiu, ontem, o ministro da Agricultura, na sessão inaugural da Feira Internacional da Cortiça (Ficor), certame que se realiza pelo terceiro ano consecutivo em Coruche. António Serrano diz que Portugal tem o apoio da Espanha nesta reivindicação de mais ajudas para a preservação do sobreiro e para a dinamização do comércio da cortiça. De acordo com o titular da pasta da Agricultura, a fileira da cortiça alcançou, em 2010, os 800 milhões de euros de exportação. “Tem tido um crescimento continuado nos últimos anos e só o sector das rolhas exporta mais de 500 milhões de euros”, vincou.
O concelho de Coruche é o maior produtor mundial de cortiça, estimando-se que no seu território sejam extraídos 16% de toda a cortiça mundial. Cerca de 46% dos 1114 quilómetros quadrados do Município estão ocupados com montado de sobro, que dá também emprego a algumas centenas de pessoas. Nas indústrias ali instaladas produzem-se 5 milhões de rolhas de cortiça por dia.
Dionísio Mendes, presidente da Câmara de Coruche, diz que este ano a Ficor (decorre até dia 1 de Junho) aposta na sustentabilidade e na inovação, porque o montado de sobro, pela biodiversidade associada, é “uma garantia de sustentabilidade” e porque “cada vez mais a cortiça se afirma como produto capaz de gerar inovação”. Nesta Ficor as múltiplas utilizações da cortiça vão desde a moda ao mobiliário, passando pela decoração, pela climatização e pelo artesanato. O certame engloba seminários, um debate sobre o futuro da floresta, desfile de moda, gastronomia, vinhos, demonstrações equestres, desporto, música e visitas à fábrica da Corticeira Amorim.

Saiba mais na edição de 8 de Junho do Voz Ribatejana

Sem comentários: