A Estradas de Portugal (EP) está a investir na remodelação do entroncamento entre a Recta do Cabo e a chamada “Estrada de Campo”, com a construção de faixas de viragem à esquerda e a instalação de um separador central. A medida de reforço da segurança de um dos ‘pontos negros’ das estradas da região é, contudo, contestada por vários autarcas ribatejanos, que defendem que só a construção de duas rotundas e de faixas laterais para o trânsito agrícola permitiria reduzir a elevada sinistralidade da Recta do Cabo. Segundo a Câmara de Vila Franca, a EP assume que está é uma medida provisória, até que haja condições para fazer as rotundas.
“Informámos a EP de que achávamos que devia haver ali duas faixas laterais para o trânsito agrícola, uma rotunda junto ao Gado Bravo e uma outra mais a Norte (sentido do Porto Alto), para que o trânsito agrícola circule nessas vias laterais e, depois, fizesse inversões de marcha nessas duas rotundas. Não é esse o entendimento da EP, infelizmente”, lamenta o vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, considerando que não são problemas técnicos a complicar a construção das rotundas mas, essencialmente, as condicionantes financeiras que a EP actualmente vive.
“O grande problema da Recta do Cabo é precisamente a circulação de maquinaria agrícola, tractores e outros equipamentos, que poderiam ser desviados para vias dedicadas e melhorar a circulação na Recta do Cabo, acrescentando-lhe mais segurança. E essa segurança tem a ver com a construção das rotundas”, sustenta o responsável pelo pelouro de acessibilidades na Câmara vila-franquense. Por isso, Câmara e Junta de Freguesia exigiram à EP um documento em que a empresa pública responsável pela rede de estradas assume que a Recta do Cabo necessitará de uma futura requalificação de fundo. “As gares de viragem à esquerda são medidas minimizadoras provisórias, ficando a Câmara na expectativa de que a EP apresente um estudo posterior em que venha a identificar a necessidade de uma, duas ou mais rotundas para permitir uma melhor circulação da maquinaria agrícola e a criação de caminhos paralelos autónomos para os veículos agrícolas”, conclui.
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