Cerca de 3600 pessoas subscreveram dois abaixo-assinados postos a circular na freguesia de Alverca, que contestam o licenciamento de uma pedreira com 71, 7 hectares na zona alta de Arcena e o futuro aproveitamento de parte desta área para ampliação do Aterro Sanitário da Valorsul, que serve 5 municípios da grande Lisboa.
Os moradores do Alto de Arcena que lançaram as recolhas de assinaturas sublinham que não faz sentido autorizar a exploração de uma pedreira a cerca de 90 metros das casas mais próximas, temem que os rebentamentos afectem a estabilidade do antigo aterro do Mato da Cruz onde já estão depositados milhões de toneladas de lixo e acham que o estudo de impacto ambiental (EIA) da pedreira tem várias omissões. Reclamam, por isso, o encerramento definitivo do actual aterro e rejeitam a instalação naquela área da pedreira e de uma segunda fase do aterro.
A discussão pública deste EIA decorre até 11 de Maio, mas o executivo camarário de Vila Franca de Xira aprovou, já na tarde de quarta-feira, um documento que propõe medidas mais alargadas de minimização dos impactes da pedreira. O vereador do Ambiente, Fernando Paulo Ferreira, diz que a Câmara só tem competência para emitir pareceres que não têm carácter vinculativo e que a autorização e o licenciamento de pedreiras cabem ao Ministério do Ambiente e à Direcção-Geral de Energia.
“Por que é que a Câmara continuou a emitir alvarás e a licenciar habitações sabendo que as pessoas iam viver com uma pedreira e um aterro sanitário à porta?”, interroga-se Glória Cordeiro, uma das moradoras que mais se tem movimentado contra este processo.Saiba mais na edição de 13 de Abril do Voz Ribatejana
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