Um vendedor ambulante residente em Arcena, nos arredores de Alverca, foi esta tarde condenado a 10 anos de prisão efectiva pela prática de um crime de homicídio e de mais dois crimes de homicídio na forma tentada. O colectivo de juízes do Tribunal de Vila Franca de Xira entendeu que os disparos efectuados por João Matos sobre três irmãos de ascendência indiana configuraram uma situação de “excesso de legítima defesa”. O advogado deste arguido disse, no final, que deverá recorrer do acórdão e o colectivo decidiu manter a medida de coacção que obriga João Matos a permanecer em casa, controlado por pulseira electrónica.
Em causa está uma rixa que, em Julho de 2011, envolveu João Matos o seu genro José Vargas e os três irmãos Salvador, Victor e Frasquilho Fernandes. Tudo começou porque José terá, alegadamente, urinado para a parede de uma oficina dos três irmãos. Segundo o acórdão lido pela presidente do colectivo de juízes, Carla Ventura, um dos três irmãos terá contestado a atitude de José e foi esbofeteado por este. Frasquilho terá, então, ido buscar um pé-de-cabra a casa e, apercebendo-se da disputa, João Matos quis ir em defesa do genro e foi buscar uma pistola. Ainda terá efectuado um disparo para o ar e os três irmãos dirigiram-se a ele, supostamente com o intuito de o desarmarem. Diz o acórdão que João Matos e Salvador Fernandes acabaram por cair e que, já com Salvador sentado em cima de si, o arguido disparou vários tiros, provocando a morte de Salvador e ferimentos graves nos irmãos.
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