Um imigrante guineense de 26 anos foi, ontem, condenado por um colectivo do Tribunal de Benavente a 19 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado. Os juízes realçaram a especial violência do crime, considerando provado que Bouna Sacko golpeou a sua própria esposa na garganta, cortando a veia jugular e a carótida e provocando-lhe a morte. Ao arguido foi também aplicada a pena acessória de expulsão do território português após o cumprimento da pena e o imigrante foi, ainda, condenado a pagar indemnizações de um valor global de 180 mil euros à mãe da vítima.
Na manhã de 12 de Setembro de 2011, GNR e bombeiros depararam com um cenário macabro num apartamento de Samora Correia. Helmina Biem, de 23 anos, funcionária do Hospital de Vila Franca de Xira, foi encontrada já sem vida, nua e coberta de sangue num quarto da casa. No chão estavam duas facas de cozinha, a maior das quais com cerca de 9 centímetros de lâmina. O marido, Bouna Sacko, apresentava também ferimentos na garganta e no peito e, em Junho, na primeira audiência do julgamento, contou que teria sido a mulher quem primeiro o tentou golpear com uma faca de cozinha e que se procurou defender, não conseguindo explicar como é que provocara a morte da esposa.
Mas a mãe da vítima relatou, na mesma audiência, que o casal tinha problemas, porque ele queria um filho para legalizar a sua permanência em Portugal e ela ainda não queria. Na sessão seguinte, o depoimento de uma inspectora da Polícia Judiciária rebateu a tese do arguido de que a mulher teria sido a primeira a golpeá-lo.
Agora, o colectivo presidido por Carla Ventura deu por provados quase todos os factos constantes da acusação, considerando que “não merece nenhuma credibilidade a versão do arguido de que foi Helmina quem primeiro o atacou”. Saiba mais na edição de 18 de Julho do Voz Ribatejana
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