Cerca de 3000 habitantes do município de Benavente subscreveram um abaixo-assinado entregue, na semana passada, no gabinete do ministro da Saúde, exigindo a resolução de um conjunto de problemas que afectam os serviços de saúde locais. A antiga ministra Ana Jorge chegou a prometer, no final do ano passado, o reforço do número de médicos colocados no concelho, com cerca de 30 mil habitantes, mas a medida não chegou a cumprir-se. Entretanto, os utentes do município benaventense vêem-se, desde o início de Julho, confrontados com outro problema, porque as consultas de especialidade prestadas na Misericórdia local deixaram de ser comparticipadas pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), ao contrário do que sucede com os residentes nos concelhos vizinhos.
O abaixo-assinado lançado pela Comissão de Utentes do Concelho de Benavente (CUCB) reclama a regularização do funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), o reforço do número de médicos no Centro de Saúde de Benavente e a reabertura das extensões de saúde do Porto Alto, Santo Estêvão e Biscainho/Foros da Charneca, encerradas por falta de médicos. A Comissão mostra-se igualmente preocupada com outro problema que se revelou no início de Julho, altura em que as consultas de especialidade dadas na Misericórdia de Benavente deixaram de ser comparticipadas pela ARS, passando os utentes a ser encaminhados pelos centros de saúde para o Hospital Reynaldo dos Santos de Vila Franca. Frisando que o mesmo não acontece com os utentes dos vizinhos municípios de Salvaterra e de Coruche, a CUCB interroga-se se a distinção terá a ver com a recente entrega do Reynaldo dos Santos a um consórcio privado liderado pelo Grupo Mello.
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