terça-feira, 22 de outubro de 2013

Homicídio de brasileira em Alverca dá 17 anos de prisão


O Tribunal de Vila Franca de Xira condenou, ontem, um homem de 42 anos pela prática de crimes de homicídio qualificado e de detenção de arma proibida. O colectivo de juízes considerou provado que João Pires estrangulou a esposa, de nacionalidade brasileira, com um atacador de um sapato de ténis, provocando-lhe a morte por asfixia. A advogada do arguido defendia uma condenação mais baixa, por homicídio simples, e adiantou aos jornalistas que vai analisar a possibilidade de um eventual recurso. A vítima, Mislene Pires, tinha 41 anos e formação superior em jornalismo obtida na Universidade de Goiás. Mas João disse, em tribunal, que a conheceu num bar de alterne da região e que resolveram casar. A relação revelou-se, contudo, complicada e as discussões eram frequentes, segundo relatou. Na noite de 7 de Dezembro passado voltaram a desentender-se, sobretudo porque a mulher não teria entregue os documentos da baixa médica do marido na empresa para que ambos trabalhavam. E da discussão resultou o homicídio. O arguido disse, em tribunal, que nessa altura não pensou que a mulher estivesse morta e que só mais tarde, em Lisboa, começou a pensar que isso poderia ter sucedido e resolveu ligar para a PSP de Alverca, avisando que estaria um corpo, eventualmente já cadáver, no interior daquela casa. “Todo o circunstancialismo que rodeia a prática dos factos é especialmente censurável”, prosseguiu Raquel Costa, considerando que o arguido “não revelou um verdadeiro arrependimento”, porque “não confessou integralmente os factos” e manteve a versão de que não quis provocar a morte. João António foi, assim, condenado a 17 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado e a mais 1 ano de cadeia pelo de detenção de arma proibida. Aplicadas as regras de cúmulo jurídico, o colectivo fixou-lhe uma pena única de 17 anos e quatro meses de cadeia.

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