O PS continua a ser a força maioritária na Câmara de Vila Franca de Xira e manteve os cinco eleitos, mas a CDU subiu em todas as freguesias do concelho, ganhou um vereador à coligação liderada pelo PSD e reconquistou as juntas de Alhandra (agora agregada a São João dos Montes e à Calhandriz) e de Vila Franca de Xira. Na Assembleia Municipal, a CDU tem, agora, mais um eleito do que o PS.
A noite eleitoral foi longa, no domingo, em Vila Franca de Xira. Passava já da 1h00 da madrugada quando surgiram os últimos resultados que permitiram esclarecer algumas dúvidas. Se para a Câmara, a vitória do PS já se desenhava, mantendo-se os socialistas com uma vantagem da ordem dos 5 a 6 por cento conforme iam entrando os resultados das 121 mesas de voto, nalgumas freguesias e na Assembleia Municipal só bastante tarde é que se chegou a conclusões definitivas. Também por isso, entre os principais responsáveis partidários locais quase ninguém falou aos jornalistas antes da 1h00. Mário Calado, na sede da CDU, foi o primeiro a reagir à vitória da sua lista na Junta de Vila Franca. “Percebia-se que houve muita coisa que a Junta não tratou bem”, referiu. A junta da União das Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz foi outra que regressou às mãos da CDU, que manteve maiorias nas juntas da Castanheira e de Vialonga. O PS voltou a ganhar as juntas da Póvoa/Forte da Casa e de Alverca/Sobralinho, as duas mais populosas do concelho. Já nos Paços do Concelho, alguns elementos da CDU saudaram o facto de terem conseguido mais assentos na Assembleia Municipal. Pouco depois, Maria da Luz Rosinha e Alberto Mesquita comentaram os resultados. “A maioria dos eleitores manifestou-se pela continuidade do PS à frente dos destinos de Vila Franca”, salientou Maria da Luz Rosinha. Alberto Mesquita mostrou-se satisfeito com a forma como a população reafirmou a sua confiança no PS para continuar a gerir a Câmara. “Os tempos que correm não são fáceis, mas teremos a capacidade de prioritar e de planear, de acordo com o nosso programa eleitoral e com o plano social que temos vindo a seguir”, garantiu o novo presidente da Câmara vila-franquense, afiançando que os socialistas estão preparados para um mandato de muito diálogo e de busca de convergências “para uma boa gestão da Câmara”. Já sobre eventuais acordos de gestão com a CDU ou com a CNR, uma vez que o PS tem uma maioria relativa, Alberto Mesquita foi algo evasivo, frisando apenas que são matérias que serão reflectidas nos órgãos próprios do partido. “Registámos uma quebra eleitoral do PS e quebras muito significativas dos partidos da direita. A CDU cresceu em todas as freguesias", disse, por seu turno, Nuno Libório, cabeça-de-lista da CDU, observando que os eleitos da coligação liderada pelo PCP "estão sempre disponíveis para trabalhar" e não afastando a hipótese de algum entendimento com o PS. Nuno Libório afirma, contudo, que "há divergências de fundo” em termos de política local entre comunistas e socialistas. “Não deixaremos de defender aquilo que defendemos ontem e antes de ontem. O programa eleitoral da CDU tem conteúdos muito diferentes dos do PS e é sobre essa base que vamos trabalhar com toda a serenidade”, concluiu.
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