terça-feira, 24 de setembro de 2013

Arguido confessa que estrangulou companheira num "acto de loucura"



O arguido do caso do homicídio de uma imigrante brasileira por estrangulamento, ocorrido em Dezembro num apartamento do Bom Sucesso (Alverca), confessou o crime, justificando-o com uma “loucura” momentânea motivada por um acumular de problemas. João Pires confessou, no Tribunal de Vila Franca de Xira, que, depois de sucessivas discussões, num “acesso de raiva e num acto de loucura”, apertou o pescoço da sua companheira com um atacador, causando-lhe a morte. O julgamento do homicídio de Mislene Pires, ocorrido na noite de 7 de Dezembro passado, começou na segunda-feira e os agentes da PSP e da Polícia Judiciária que investigaram o caso garantiram que todos os vestígios apontam também para a responsabilidade do arguido. Já o colectivo de juízes presidido por Raquel Costa observou que não vê quaisquer razões para considerar João Pires inimputável. Mislene Pires, de 38 anos, tinha formação superior em jornalismo feita na universidade brasileira de Goiânia, mas João Pires disse, em tribunal, que a conheceu num bar de alterne da região, que começaram a namorar e que casaram. “Era uma relação de altos e baixos, ela discutia muito”, afirmou o arguido, de 42 anos, referindo que naquela noite, devido a um acumular de situações, perdeu o controlo. Saiu de casa pouco depois, foi a pé até à casa da sua mãe e diz que, quando lá chegou, começou a pensar se Mislene teria morrido. Pensou em suicidar-se, viajou até ao Cais do Sodré em Lisboa e, daí, ligou para a PSP alertando que “possivelmente” estaria uma pessoa morta naquele apartamento. A PSP acabou por confirmar isso mesmo encontrando o corpo de Mislene com sinais de estrangulamento e com pulsos e pés amarrados com outros dois atacadores.

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