quinta-feira, 6 de junho de 2013

Solvay fecha fábrica com 90 postos de trabalho na Póvoa de Santa Iria




O grupo Solvay anunciou hoje que vai avançar para um plano de reestruturação do seu sector de produção de carbonato de sódio que contempla uma redução de 450 postos de trabalho e "poupanças" operacionais da ordem dos 100 milhões de euros. Para além da redução da actividade de outras unidades na Europa, a medida envolve o fecho (dentro de sete meses) da fábrica de carbonato de sódio que o grupo possui na Póvoa de Santa Iria, onde trabalham 90 pessoas. Os responsáveis da Solvay em Portugal garantem, no entanto, que isto não significa o “despedimento” destes 90 funcionários já a partir de Janeiro de 2014, porque decorrem conversações para a sua integração noutras unidades do grupo e que lhes será dada prioridade na colocação noutros serviços.
A Solvay manterá a funcionar na Póvoa de Santa Iria as fábricas de água oxigenada e de clorato e sódio e os respectivos serviços de apoio (cerca de 160 postos de trabalho). Mas, com o fecho desta fábrica de carbonato e sódio será, também, fortemente reduzida a actividade da pedreira de Santa Eulália (Vialonga) e das minas de sal-gema de Torres Vedras, que fornecem matéria-prima para a produção deste material, destinado principalmente ao fabrico de vidro e de detergentes.
“Esta decisão não tem nada a ver com a crise nacional, nem com as pessoas que aqui trabalham. Há razões profundas do negócio a nível global que, por vezes, obrigam a tomar decisões difíceis”, disse Mário Branco, director de comunicação da Solvay ao Voz Ribatejana, considerando que será importante analisar “alternativas com parceiros nacionais” que se possam interessar por outras actividades a desenvolver no complexo da Póvoa. “Uma decisão deste tipo tem sempre danos colaterais que podem ser mitigados com parcerias nacionais. Há outras fábricas que vão ser estudadas”, sustenta, admitindo que o fecho da fábrica de vidro da Saint-Gobain (antiga Covina) e a próxima desactivação do sector de detergentes da Lever complicaram ainda mais as perspectivas da fábrica da Póvoa.

Saiba mais na edição de 19 de Junho do Voz Ribatejana


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