terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Alunos colam 3800 pensos para reclamar obras na Gago Coutinho

Um grupo de alunos da Escola Secundária Gago Coutinho (ESGC) de Alverca organizou, ontem, um protesto original, cobrindo as zonas mais degradadas do estabelecimento com 3800 pensos rápidos. A iniciativa visou protestar contra o impasse em que caiu a questão das obras de modernização e ampliação da escola, lançadas em 2010 pela Parque Escolar, mas que ficaram paradas a meio, em Junho de 2011, deixando o estabelecimento frequentado por cerca de 1000 alunos com piores condições do que tinha anteriormente.
Organizados no grupo “Penso ao Contrário”, os alunos do 12º. ano da ESGC distribuíram também vários cartazes que denunciam o mau estado dos quatro blocos escolares que se mantêm em funcionamento e criticam a forma como o Ministério da Educação e a Parque Escolar não permitem o aproveitamento da parte da obra já concluída. Dedicaram boa parte do passado domingo à colocação dos 3800 pensos rápidos em escadas, pavimentos, balneários, portas, cadeiras e outras áreas mais degradadas do estabelecimento.
Um deles explicou, ao Voz Ribatejana, que a escola se defronta com muita falta de espaços, devido ao facto da parte abrangida pelas obras estar vedada e inacessível. “Há muitos problemas, chove dentro de alguns blocos, há muitas cadeiras estragadas e praticamente ninguém usa os chuveiros, porque não têm condições. Não temos espaços, nem condições”, lamenta um dos seis alunos que falaram com o Voz Ribatejana, frisando que preferem manter o anonimato, porque esta é uma causa de toda a escola. “Era uma escola desafogada e agora está encalhada. Somos um grupo que, para além das queixas, resolveu tentar mudar alguma coisa”,afirmam.
Já Sérgio Amorim, director do Agrupamento de Escolas Gago Coutinho, explica que a secundária alverquense foi "vítima" dos problemas da Parque Escolar e que se defronta, agora, com graves dificuldades de funcionamento. A falta de saídas de emergência nos blocos C e D é uma das maiores proecupações e, apesar das diversas insistências, Sérgio Amorim só tem conseguido saber junto dos organismos que tutelam a educação que a obra da Gago Coutinho "está suspensa por tempo indeterminado".

Saiba mais na edição de 15 de Janeiro do Voz Ribatejana

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