O Tribunal de Benavente condenou, hoje, pela prática de crimes de burla qualificada, furto, falsificação e dano, um indivíduo de 57 anos que se fazia passar por piloto da TAP e por oficial reformado da Força Aérea Portuguesa e conseguia, com esse expediente, ganhar a confiança de várias mulheres, com quem estabelecia supostos relacionamentos amorosos. José Alberto Nogueira foi condenado a 16 anos de prisão e Leonilde S., uma sua antiga companheira que, segundo o tribunal, colaborava nestes esquemas fazendo-se passar por juíza e recebendo elevadas quantias subtraídas às vítimas, foi condenada a sete anos de cadeia. Os dois foram, igualmente, condenados a pagar indemnizações às seis vítimas/queixosas (o tribunal admite que haja mais casos de burla) de valor total superior a 100 mil euros.
O colectivo de juízes e o tribunal de júri que julgaram este caso deram como provados quase todos os factos constantes da acusação e da pronúncia, considerando que os dois arguidos “pretenderam e conseguiram criar a ilusão de que as personagens que encarnavam eram verdadeiras” e ludibriaram, assim, seis mulheres, conseguindo “obter significativos proveitos económicos que não lhes pertenciam”.
Sílvia Costa, juíza que durante quase duas horas leu o extenso acórdão, sublinhou, no final, que os arguidos e sobretudo José Nogueira “revelou-se uma pessoa sem sentimentos” e “foi indiferente ao sofrimento que ia causando a estas mulheres”. Várias delas ficaram sem grande parte do seu património e debatem-se, hoje, com problemas de depressão e de vergonha por se terem deixado iludir.
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