Antigos trabalhadores da Argibay e da Mevil concentram-se, na manhã de sexta-feira, frente ao Ministério da Justiça, em Lisboa, protestando contra a forma como os respectivos processos de distribuição de verbas das massas falidas se arrastam no Tribunal de Vila Franca de Xira. De acordo com as estruturas sindicais que organizam a manifestação, os antigos funcionários da Argibay (159) e da Mevil (82) têm ainda para receber um total de 2, 146 milhões de euros, mas apesar das sucessivas decisões judiciais que lhes são favoráveis e da existência de verbas suficientes à ordem destes processos, o certo é que continuam sem receber os valores que lhes são devidos. A Argibay foi declarada falida em Janeiro de 1994 e a Mevil em Maio do ano seguinte, mas os respectivos processos continuam em tribunal.
No caso da Argibay foram afectados 159 funcionários, mas 24 deles nunca receberam qualquer tipo de indemnização e os restantes só viram 75 por cento da compensação a que têm direito. Segundo João Silveira, dirigente do Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente, há dinheiro suficiente proveniente da venda da massa falida o Supremo Tribunal de Justiça deu razão, já em 2010, ao recurso do sindicato, considerando que aqueles 24 trabalhadores também têm direito a indemnização. Só que, passados mais 3 anos, essas verbas ainda não foram pagas, assim como os 25 por cento em falta aos restantes 134 antigos funcionários. Situação semelhante é a da Mevil, antiga metalúrgica de Vila Franca de Xira, cujos trabalhadores tiveram, no início deste ano, uma decisão judicial que confirma os seus direitos, mas que não receberam, ainda, as verbas em falta.
Agora, sindicatos e trabalhadores querem pedir uma audiência à ministra Paula Teixeira da Cruz para exigirem a resolução destes casos.
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