quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Vila Franca presta homenagem a Mestre Baptista nos 30 anos da morte do cavaleiro


Vila Franca de Xira mobilizou-se, na noite do dia 23, para uma homenagem a José Mestre Baptista, uma das maiores figuras da história da tauromaquia portuguesa, natural do Alentejo, mas que se radicou e viveu boa parte da sua vida profissional na cidade vila-franquense. Mestre Baptista faleceu a 17 de Fevereiro de 1995, depois de 27 temporadas de toureio profissional e de muitos sucessos alcançados nas praças de toiros portuguesas. A sua vida, a forma única como transmitia emoção às lides, a personalidade muito própria que o animou e as “estórias” de um percurso por vezes controverso mas quase sempre admirado, marcaram uma sessão evocativa realizada no salão nobre dos Paços do Concelho de Vila Franca de Xira.
O Clube Taurino Vilafranquense (CTV) organizou o evento, em consonância com Tina Mestre Baptista (viúva do cavaleiro) e com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. “José Mestre Baptista foi uma grande figura da tauromaquia. Nasceu no Alentejo, mas foi, sobretudo, um vila-franquense de coração, que aqui viveu quase duas décadas”, salientou o presidente da Câmara Alberto Mesquita. O painel de oradores convidados incluiu Luís Miguel da Veiga, Rui Salvador, Emídio Pinto, Frederico Cunha e António Garcôa. O moderador foi Miguel Alvarenga, que começou por dar a palavra a Luís Miguel da Veiga, sublinhando que Veiga e Baptista constituíram “a última grande parelha de que temos memória no toureio a cavalo”. Luís Miguel explicou que conheceu José Mestre Baptista muito novo, porque ambos passaram pela escola de equitação de mestre Frederico dos Santos, em Montemor-o-Novo. “Tínhamos uma diferença de idades de 7 anos e eu sempre tive uma grande admiração por ele. Foi um toureiro extraordinário. Tinha uma personalidade muito forte. Para mim foi sempre um grande amigo. Se alguma rivalidade houve foi porque o público a criou”, referiu Luís Miguel da Veiga, frisando que tinham formas de tourear diferentes e que se lembra de Mestre Baptista “sobretudo como um amigo e como uma pessoa divertida. Para mim é uma saudade”, rematou.

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