Trabalhadores da Ogma-Indústria Aeronáutica de Portugal desfilaram, esta
quarta-feira, pelas ruas de Alverca e por um troço da Estrada
Nacional 10 que atravessa a cidade ribatejana, exigindo aumentos
salariais. O protesto reuniu perto de 150 manifestantes e foi
organizado pelo Steffas, sindicato afecto à CGTP. Incluiu
concentrações junto aos portões da empresa e junto ao mercado
municipal alverquense e contou com a participação de Arménio Carlos, líder nacional da CGTP.
Alexandre Plácido, dirigente do
Steffas (Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas,
Estabalecimentos Fabris e Empresas da Defesa), acusou a administração
da Ogma de se recusar a negociar as propostas de aumentos
salariais de 4 por cento apresentadas pelo Sindicato desde Novembro.
“Reivindicamos actualizações salariais que, nesta empresa, já
não ocorrem há 4 anos, apesar dos lucros que a empresa tem tido. Em
2015, a Ogma voltou a ter lucros de 11, 6 milhões de euros. Aquilo
que faz de lucros faz graças aos trabalhadores e aos baixos
ordenados praticados na empresa”, afirmou o sindicalista,
frisando que a indústria aeronáutica de Alverca tem muitos
trabalhadores experientes com ordenados na casa dos 600 e 700 euros.
“São lucros de milhões para os accionistas e tostões para os
trabalhadores”, criticou Alexandre Plácido, acrescentando que a Ogma
tem outros problemas graves como a imposição de horários de
trabalho e propostas de rescisão que serão “despedimentos
encapotados”.
Actualmente com cerca de 1600 funcionários, a Ogma é o maior empregador do concelho de Vila Franca de Xira. A empresa é gerida
pelo grupo brasileiro Embraer, que detém 65 por cento do capital. Os restantes 35 por cento
pertencem ao Estado português.
Saiba mais nas edições de 13 e de 27 de Abril do Voz Ribatejana
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